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AMIU ou Curetagem? O Que Ninguém Te Conta Sobre o Pós-Aborto

Atualizado: 30 de abr.

Entenda as diferenças entre os procedimentos e por que uma conversa aberta com seu ginecologista pode transformar esse momento tão delicado

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Você já ouviu falar em Curetagem ou na Aspiração Manual Intrauterina (AMIU)? Esses são dois procedimentos que podem ser indicados em casos de aborto espontâneo — quando, por diferentes motivos, a gestação é interrompida, muitas vezes de forma inesperada e dolorosa.

Entender o que está acontecendo com seu corpo, com calma e acolhimento, pode fazer toda a diferença. Saber mais sobre essas opções te ajuda a conversar com seu ginecologista obstetra de maneira mais tranquila, tirando dúvidas e se sentindo mais segura em cada passo.


Esse é um assunto muito delicado, principalmente pela dor da perda. É difícil para algumas mulheres lidarem com essa informação e, principalmente, ter um apoio, pois muitas não se abrem com ninguém, vivendo uma dor solitária. Mas não precisa ser assim.


O que pode te ajudar muito é se abrir, principalmente com o seu especialista. É muito comum ter dúvidas antes de passar por um desses procedimentos, por isso trouxemos algumas informações básicas a respeito deles. Lembrando sempre que a melhor opção resultará de uma conversa com o seu médico. Ele é quem vai te dizer como funciona, qual o tempo de repouso e as recomendações para que você tenha uma boa recuperação.


Qual é a diferença entre a AMIU e a Curetagem?


 A AMIU é um método menos invasivo, feito por aspiração do conteúdo uterino, geralmente indicado em fases iniciais da gestação. Nesse procedimento é utilizada uma espécie de seringa ligada a uma cânula, um tubinho que tem diferentes tamanhos para cada tipo de dilatação, é ele que vai realizar a sucção com a ajuda da seringa. O instrumento é inserido no colo do útero e, após a inserção, ele faz a limpeza com o vácuo para retirar o tecido embrionário, podendo também ser realizado com anestesia local ou geral. O instrumento é de plástico e vem em kits, conhecido como Kit AMIU. A AMIU é realizada até o limite de 12 semanas, pois devido ao tamanho do embrião a sucção pode não ser eficaz após esse período.


Já a Curetagem é um procedimento cirúrgico, onde o útero é cuidadosamente raspado para remover os tecidos restantes. Nesse procedimento é utilizado um instrumento chamado cureta, que funciona como uma pazinha para realizar a raspagem no endométrio e retirar os tecidos embrionários. O procedimento é realizado com anestesia geral ou peridural (local). Funciona como uma raspagem onde a cureta é inserida e realiza o processo de retirada do embrião, que deve ser feito até a 22ª semana de gestação. Após o procedimento, a paciente geralmente é liberada no mesmo dia.

O pós-operatório


Ambos possuem efeitos pós-operatórios semelhantes, sendo comum queixas de cólicas e sangramentos durante a recuperação. Porém, alguns sintomas podem indicar a necessidade de retorno imediato ao médico tais como: febre, sangramento excessivo, náusea, vômito, odor forte no corrimento vaginal e aumento na intensidade de dor da cólica.


Assim, é importante evitar fazer esforço físico, procurando se manter deitada para facilitar a recuperação. Relações sexuais também devem ser evitadas, pois a última coisa que o seu corpo vai precisar é de atrito na região que mais precisará se recuperar. Converse com seu médico sobre quanto tempo é recomendável o seu repouso e, principalmente, quando você deve regressar para uma nova consulta.

Lembre-se: cada corpo tem seu tempo, e cada história tem seu valor. Não existe certo ou errado em como você sente ou vive esse momento. O que existe é acolhimento, cuidado e apoio.

Além desses fatores, é importantíssimo não deixar de lado a sua saúde mental. Converse com sua família, se avalie e veja se você consegue lidar com esse momento contando com sua rede de apoio ou se um acompanhamento psicológico será necessário. Esse é um momento de desgaste físico e emocional intensos e encontrar caminhos para superar as frustrações, os medos e os pensamentos negativos decorrentes de um aborto são essenciais para uma nova (e vitoriosa) tentativa.


Quando tentar engravidar novamente?


Você vai poder tentar novamente de acordo com a orientação do seu médico, pois cada corpo reage de uma maneira. Não há consenso de tempo entre os médicos, podendo variar de três a seis meses conforme o histórico clínico da paciente.


É imprescindível que você faça um acompanhamento médico regular, tenha uma dieta saudável e evite fumar ou consumir bebidas alcoólicas. Essas recomendações poderão te ajudar a se preparar para uma nova gravidez. O importante é não desistir, pois muitas mulheres passam por todo esse processo e depois de um tempo conseguem engravidar. Respeitando as recomendações médicas e se cuidando, é sim possível.


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